Letras Uneb/Ipiaú - Turma 2009.1

"O homem sentiu sempre - e os poetas frequentemente cantaram - o poder fundador da linguagem, que instaura uma sociedade imaginária, anima as coisas inertes, faz ver o que ainda não existe, traz de volta o que desapareceu". (Émile Benveniste)

6.12.09

Sala de Aula Interativa:

Marco Silva

Como já dizia Paulo Freire: “A educação tem que ser de ‘A’ com ‘B’, e não de ‘A’ para ‘B’ ou de ‘A’ sobre ‘B’.  Porém, muitos educadores ainda não se importam com esse pensamento dele, permanecendo com o tradicional falar/ditar do mestre.

 Devemos lembrar também, que muitas vezes essa forma de ensino permanece devido ao receio que muitos educadores têm de tornar suas aulas mais interativas, não deixando os alunos fazerem parte da produção de conhecimento e muito menos, deixando que as novas tecnologias de informação e comunicação adentrem no seu ambiente de trabalho (a sala de aula).

 Mas vale lembrar que a interatividade pode ser dividida em três fundamentos:

  1. Sugere que sejam disponibilizadas aberturas para que os alunos possam participar e intervir nas ações cotidianas do ensino e aprendizagem.
  2. Sugere que disponibilizem aberturas para que seja rompida a transmissão unidirecional autoritária e que a transmissão seja feita então, de forma participativa, para que todos possam ser emissores e receptores ao mesmo tempo.

Sugere que deixem livres os acessos ao conhecimento, apenas mostrando para os alunos os caminhos possíveis a serem seguidos e os deixando livres para escolher. Defende-se a idéia de que cada um constrói o seu próprio conhecimento A sala de aula interativa seria o ambiente ‘perfeito’ para rompermos barreiras com o tradicional falar/ditar do mestre. Nesse ambiente, ele abriria um leque de oportunidades para os alunos, disponibilizando co-autoria e múltiplas conexões, permitindo que o aluno escolha, busque e construa o seu próprio conhecimento. E o aluno deixaria então de ser um mero receptor de informações, e passaria a ser um co-autor delas, já que assim  ele ganha a oportunidade de auto-produzir conhecimento, e não de apenas reproduzi-lo.

Vale ressaltar também que toda essa busca de transformação do ensino escolar é muito importante nos dias de hoje, já que as novas tecnologias de comunicação e informação estão se tornando peças chaves no nosso dia-a-dia. Portanto, para estarmos inseridos no mundo daqui algum tempo, possivelmente precisaremos estar andando lado a lado com essas invenções tecnológicas

 Enfim, é interessante ressaltarmos que a interatividade nada mais é que um meio de todos se comunicarem com o todo. E dentro do ambiente escolar ela se torna cada vez mais fundamental por causa do futuro (acredito que não tão longe). Precisamos desde já, tentar inserir na cabeça das pessoas que elas também têm o direito de se comunicar, e acima de tudo, de produzir o seu próprio conhecimento. Afinal, é comodiz Marco Silva: “A interatividade é o pão cada vez mais cotidiano de uma sociedade inteira.”. (p.2

marcos Silva faz um aparato brilhante sobre como de fato  seria benéfico a prática da interatividade dentro da sala de aula, eu concordo plenamente com as palavras dele, talvez um dia possamos chegar a colocar o que ele propõe em prática.Embora a maioria dos educadores falem tanto em interagir com o aluno o que se percebe-se é uma demagogia camuflada pela hipocrisia, até mesmo dentro da universidade, onde ainda somos sujeitos a famosa lei “manda quem pode e obedece quem tem juízo” o tradicionalismo está entranhado nas paredes da rede de ensino que pra mudar essa realidade acredito que vai demorar um pouco 

cristiane Nascimento de Souza

 

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