Letras Uneb/Ipiaú - Turma 2009.1

"O homem sentiu sempre - e os poetas frequentemente cantaram - o poder fundador da linguagem, que instaura uma sociedade imaginária, anima as coisas inertes, faz ver o que ainda não existe, traz de volta o que desapareceu". (Émile Benveniste)

23.11.09

Educação bancária

Paulo Freire denominava o modelo tradicional de prática pedagógica de “educação bancária”, pois entendia que ela visava a transmissão de conteúdos pelo professor, assumindo o papel daquele que tudo sabe, ao aluno que, por sua vez, era visto como aquele que nada sabe.
É possível perceber que esse “tipo” de educação é inteiramente voltado para a questão política porque, ao assumir o papel daquele que sabe tudo na sala de aula, o professor deixa os alunos sem participar das aulas, sem curiosidade de aprofundar no assunto e o docente não leva em conta a experiência do educando. Por isso, o aluno é sempre visto como depósito, sem capacidade de consciência crítica e sem liberdade de expressão. Dessa maneira, o que pode ser chamado de interação, é totalmente eliminado entre professor e aluno gerando uma aula chata, cansativa e monótona para os discentes.
A educação bancária leva os indivíduos a se adaptarem ao mundo, vivendo nele aceitando a opressão sem se revoltar contra os patrões, os governantes ou quem quer que possa oprimir, ou seja, para que trabalhem, cumpram as leis, sem questionar o próprio papel que ocupam na sociedade.
É preciso que, ao contrário de o professor, como menciona Paulo Freire na educação bancária, seja um ser dotado de conhecimento em relação ao aluno que é visto como uma “caixa vazia” que nada sabe, é imprescindível que ambos troquem idéias e cresçam juntos na igualdade e liberdade de expressão.

Luandes Nascimento

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