Letras Uneb/Ipiaú - Turma 2009.1

"O homem sentiu sempre - e os poetas frequentemente cantaram - o poder fundador da linguagem, que instaura uma sociedade imaginária, anima as coisas inertes, faz ver o que ainda não existe, traz de volta o que desapareceu". (Émile Benveniste)

7.12.09

Educação Bancária.

Universidade do estado da Bahia- UNEB
Departamento de Ci~encia Humanas e Tecnologias- DCHT Campos XXI
Componente Curricular: Práticas Pedagógica II
Docente: Adilson Gomes
Turno: Vespertino Semestre 2009.2
Data: 16/11/2009
Discente: Antonio Carlos Silva Santos


Resenha

        Na educação tradicional, demonada por Paulo Freire (2001) de "bancária" , o educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito de informações fornecidas pelo educador.
Educa-se para arquivar o que se depositam. A consciência bancária pensa que quanto mais se dá mais se sabe. A experiência tem mostrado que, a maioria dos individuos é inerte, por não haver estimulo para a criação (FREIRE, 2001).
         A educação bancária é a opção que o professor faz por simplesmente transmitir seus conhecimentos aos alunos, levando-os a aceitar passivamente a posição de quem recebe tudo pronto sem refeltir, questionar, intervir. Nesse sentido,
                                                  
                                          (...)    a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os
                                          depositários e o educador o depositante. (...) Em lugar de cominicar-se, o e-
                                          educador faz " comunicados" e depósitos que os educandos, meras incidências,
                                          recebem pacientemente, memorizam e repetem. E aí a "educação bancária" da
                                          educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a
                                          de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los ( FREIRE, 2004, P.58)


       A concepção bancária distingue a ação do educador em dois momentos, o primeiro o educador em sua biblioteca adquire os conhecimentos, e no segundo em frente aos educandos narra o resultado de suas pesquisas, cabendo a estes apenas arquivar o que ouviram ou copiaram. Nesse caso não há conhecimento, os educandos não são chamados a conhecer, apenas memorizam mecanicamente, recebem de outro algo pronto.
      A visão  bancária possui papés rigidamente definidos, o educador é o sábio que possui o conhecimento enquanto o educador é sempre aquele que não sabe. Em resumo, o educador é que educa, sabe, pensa, diz a palavra, disciplina, opta e prescreve a opção, atua, escolhe o conteúdo programático, indentifica a autoridade funcional, e finalmente, é o sujeito do processo.
       Portanto, para Freire, é pelo diálogo que se dá a verdadeira comunicação. Nele os interlocutores são ativos e iguais. A comunicação é uma relação social igualitária, dialogal, que produz conhecimento.


FREIRE, P. Educação e mudança. 24ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1987. p.33-43.

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