Educação bancária
Paulo Freire denominava o modelo tradicional de prática pedagogica de "educação bancária,"pois entendia que ela visava á mera transmissão passiva de conteúdo do professor, assumido como aquele que supostamente tudo sabe, para o aluno,que era aquele que nada sabe.Como se o professor fosse preencher com o seu saber a cabeça vazia de seus alunos,semelhante a alguem que deposita dinheiro num banco.
Em um livro7 publicado alguns anos antes do Pedagogia do oprimido, Paulo Freire delineava o problema da alfabetização de adultos alguns pontos que marcariam a reformulção curricular por meio da indisciplinaridade, no periodo de1989 a 1992.Sua prática educacional baseava-se nas experiências acumuladas no campo da educação de adultos em áreas proletárias e sub-proletárias,urbanas e rurais do Brasil durante as decadas de 50 e 60 do século passado.
"A educação bancária " distingue a ação do educador em dois momentos, o primeiro o educador em sua biblioteca adquire os conhecimentos, e no segundo em frente aos educandos narra o resultado de suas pesquisas, cabendo a estes apenas arquivar o que ouviram ou copiaram. Nesse caso não há conhecimento,os educando não são chamados a conhecer,mas a receberem tudo pronto do outro.Freire denuncia que a narração e a dissertação são características marcantes da educação bancária,que implica num sujeito-o narrador- e em objetos pacientes, ouvintes.
Diante dessa temática observa-se que o aluno não pode se expressar, ele é tido como uma caixa vazia que precisa ser preenchida, e o professor é quem tem tudo para preencher essa caixa. Para o aluno ter conhecimento é preciso abolir com a ideia de que só o professor é o único que tem todo saber. A experiência que os alunos trazem de casa devem ser levados em conta na sala de aula, o diálogo estabelecido entre professor e aluno, a troca do saber pode trazer uma nova realidade a educação.
Fonte: www.ivanvalente.com.br/canais/especiais/paulofreire/artigo/joaozanetic.htm
Maria Eli Alves da Silva
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